Historicamente, a túnica, sofreu notáveis modificações ao longo dos séculos, até ser conhecida como é hoje. Povos como os Etruscos, Oscos, Gregos e os antigos Romanos, indicavam com o termo túnica (das raízes indo-europeias tun = cobrir,) ou outro equivalente (chiton, indusium), uma veste costurada nas laterais, com aberturas para a cabeça e os braços, de vários tamanhos, com ou sem mangas.
No final da República os senadores se diferenciavam dos cavaleiros pela largura das ‘’clavi’’ roxas, isto é, pequenas faixas decorativas que pendiam dos ombros na túnica branca em sentido vertical.
No período imperial, foi introduzida outro modelo de túnica que com a toga (na Roma antiga, peça comum do vestuário que se usava trançado sobre o corpo), era usada especialmente por cônsules e pelos soldados, vencedores dos combates.
A partir da iconografia clássica podemos ver a evolução desta vestimenta que mais tarde se tornou uma vestimenta litúrgica.
Desde o século III ao IV a túnica já vinha sendo usada pelos ministros ordenados em ritos sagrados, como bem conta o historiador Eusébio (HE. X, 4,2) ao descrever a solene celebração convocada por Constantino para a dedicação da Basílica de Tito.
As esculturas, pinturas e sobretudo os mosaicos nos dão uma visão clara do uso da túnica como traje litúrgico e mais, a alva e a sobrepeliz se originam dela também.