Na bíblia, podemos encontrar muitas passagens com referências a vestes e tecidos usados para confeccioná-las. Vemos, por exemplo, no primeiro livro de Samuel 2,18: “Samuel, prestava serviço diante de Javé, (…) e vestia uma veste de linho (efod).No Novo Testamento, especificamente no Evangelho de João, vemos que os soldados repartem as roupas de Jesus. E, dado que, “A túnica era sem costura, tecida como uma só peça, de alto a baixo’’ (Jo 19,23), tiraram a sorte para ver com quem ficava.No tempo de Jesus, era comum os sacerdotes judeus usarem vestes brancas para exercer alguma função no templo. Segundo o professor e historiador da USP Nachman Falbel, a veste‘’ era um símbolo de despojamento, roupa mais simples possível’’. Com muita simplicidade também se vestiam os primeiros cristãos, pois eram em sua maioria muito pobres.Com o início da tradição monástica, no século IV, muitos místicos adotaram vestes na cor preta, com sentido de despojamento e renúncia para viver uma vida retirada, de contemplação e austeridade. Desta forma, o uso da veste tornava-se algo que os identificava para outras pessoas, simbolizando em síntese a mudança de vida.Historicamente, a veste que hoje conhecemos como batina ou sotaina, remonta ao século XI, sob o pontificado do Papa Gregório VII (1020-1085). Este mesmo papa também organizou as cores das vestes segundo a hierarquia do clero (padres, bispos, arcebispos e cardeais). Porém em 1962, com o Concílio Vaticano II, a batina deixou de ser obrigatória na Igreja.
